segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Ouço

Te escuto, ouço e sinto
Distante ou perto
Sei que existe
Forte e vivo
Também grito e falo pro mundo
Pois nela leia-se: ele.
Um dela que o dele nao resiste
E persiste
Vaga, vive, espera
Pois um dia desperta
Tão calmo e singelo
Tão vivo e ainda sem pressa

Ao menos

Eu não sei
Se meu momento
É de gritar daqui
Sabe-se lá, por quanto tempo
Às vezes penso
Que está tudo ok
Estou andando
Sem pressa ou sede de chegar
Mas paro e vejo
Meus anseios, meus temores
Por cada dia
que nao vi passar

Tão pouco sei
Se estou sozinho
E o que que tem? Cuspa aí meu bem
Olha pra mim
Diz que eu to legal
Que eu to forte e os teus cortes
Nao me fizeram mal
Que as tuas mágoas, tão ingratas
Não vão me sujar...

Deixa eu ser como você
Deixa eu ser feliz
Me deixa ser como você
Ao menos feliz...

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Hino dos Malucos

Atenção agora para a execução do "Hino dos Malucos"

Nós, os malucos, vamos lutar
Pra nesse estado sempre continuar
Nunca sensatos nem condizentes
Mas parecemos muito contentes
Nossos neurônios são esquisitos
Nem por isso estamos aflitos
Vamos incertos
Pelos caminhos
Nos comportando estranhos no ninho
Quando a solução se encontra, um maluco é do contra
Mas se vai por lado errado, um maluco vai do lado

Malucos, a nossa vida é dar bandeira ligando a luz da cabeceira, se a água pinga na torneira
Malucos, a nossa luta é abstrata

Nós, os malucos, temos um lema
NADA na vida é um problema
Mas nunca tente nos acalmar
Pois um maluco pode surtar
Os nossos planos são absurdos - ou não.
Tipo gritar no ouvido dos surdos
Mas todo mundo que é genialNunca é descrito como normal
Quando o papo se esgota, um maluco é poliglota
Mas se todo mundo grita,um maluco se irrita

(Rita Lee e Fernanda Takai - Adpatação "Azambuja")