terça-feira, 11 de novembro de 2008

Tal sentido

Nada explica o amor
Somente amando o amor explicará
Desejos e sentidos se vão
A carne treme, o sangue esquenta
Nos olhos, posso ver aquele intenso brilho
Frescor do dia, aroma de flor
Feliz é aquele que ama
Pois também é amado
Amado amante que o amor criou
Que dá raiva... E dor
Raiva? Que logo passa
Dor? Que lagrima seca brotou
Você vaga, vaga
Mas logo pára
E repousa
Repousa o sono perfeito
Sono compartilhado e muito bem acompanhado
Os dias passam as horas se vão
Minutos e segundos eu te pergunto, o que são?
O tempo voa, porém não apaga
Dispista, mas não mata
Pois ele aflora
No discreto movimento da grandiosa volta
Desejos e sentidos se vão
Amo, não mais que uma vez
Egoísmo meu? Sim, talvez...

E você?

Eu, homem criado nascido e crescido sob céu e solo abençoado
Nas veias o estilo. Bem dado guardado e regado
À espera lastimável. A espera do que?!
Saia, veja desenvolva. Não pare não pisque não morra
Na gangorra do sim e do não. Suba!
O bem, a paz, o clarear. Desejos de um artista
De todos os artistas. Afinal, somos todos artistas
Que vivamos as cenas do hoje. Do ontem, já passou
Amanha? Só sei que não sei.
Você! Acorda! Viajou?
Na hipnose falada das letras ou no swing implacável do som
Nos? Cambada de animais superdesenvolvidos
Que pena que pensamos. Ferozes...
Somos reis e rainhas numa terra onde estranhos dominam
Mesma terra que corre todo dia.
E onde pararemos? Torres gêmeas, maracanã? Guerra santa? Santa!? Ou Vietnã?
Terroristas e tupinambás. A bíblia? O que me dirá alá, sei lá! Não sei nem o que pensar quanto mais falar.
Resumo em suma senhores e senhores:
Que o crescimento nos suga sem opção de fuga
E eu, criança à espera
Sob céu e solo do caus avanço!
Jaz aqui, póstumas palavras de um ser:
CULPADO!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Sobre a tal Dona Paz

Andei por aí pensando e refletindo cá com meus neurônios, mas não sabia no que ai dar.
Sei o que tá errado, mas também sei o que tá bom.
Papo de doido que talvez só um doido entenda.
Caminhei um pouco mais e vi uma senhora ali sentada num banco à minha esquerda.
- Ô minha senhora, perguntei, o que fazes essa hora aí, tão sozinha?
E no olhar cansado ela disse que esperava um rapaz que não estava a demorar.
- Digo minha senhora! Já é tarde! Será que ele vem? Pois já está a demorar.

- Olhe meu garoto sente aí vou lhe contar uma história preste atenção e escute já!
Nasci e logo dei de cara com a vida, mas será que ali eu realmente queria estar? Povos contra povos eu ali no meio a tanto ódio que só os homens podem me explicar. Ou será gabar?
Vivi num período de opressão onde ninguém conseguia ou poderia se expressar. Poemas e canções que se perderam continuam esquecidos e ninguém vai encontrar. Choro em pensar!
Logo então o tal capitalismo apareceu e deu seu ar de gana aos mais poderosos. Armas
nucleares, bomba atômica, eles dizem que são contra, “oh my God”! E quem não é!? Corra se puder!!
Sempre tive esperança e essa é a única que não cansa, sei que um dia o bem vai ganhar Possa acreditar.
Durante todo esse tempo lutei sem armas mas com desejo e aqui me apresento me chamo PAZ. Vulgo “Dona PAZ”.

Cai pra trás diante da PAZ, e não sabia exatamente se chorava ou de rir eu morria.
- Ô minha senhora seu papo tá muito bom, mas acho que sua cuca é que não está! Procure se tratar
Onde já se viu ser PAZ em carne viva se nem viva a PAZ realmente pode estar! Quanto mais falar!
E mais uma vez a dona PAZ virou-se e dedicou-se em explicações... Tive que escutar.

- Meu jovem não zombe de Mim só acredite em Mim e faça meu nome ecoar. Lute como eu luto e tenho dito aqui: sempre vou estar quando precisar. Basta me chamar.

Segui andando e me perguntando, será possível ser verdade essa história da tal Dona Paz? Catei minha viola e musicalizei aquela prosa que acabei de vos contar. Sobre a tal senhora hoje canto sua história, pois eu sei que sou capaz de crer na PAZ.
Sobre a tal senhora hoje canto a sua história, pois eu sei que sou capaz de crer na PAZ.

Usuário

Eu não nasci para amar
O mesmo me consome
Desfrutei dessa droga apenas uma vez
Com corpo e alma entregues
Tornei-me um viciado; um total dependente
Feliz, transformado e depois doente
Reincidente
Por fim, infelizmente
Rejeito doses homeopáticas
Hoje, prefiro a dor
A ter de provar de novo o tal do amor

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Quem?

Quem és?
Ainda a mesma? Não sei.
Por onde pisas?
Ainda os mesmos passos? Não sei.
A quem beijas?
Ainda os mesmo lábios? Não sei.
Com quem dormes?
Ainda o mesmo sono? Não sei.
Um; presente, novo, movido por surpresas e novos ventos
Outro; passado, velho, estagnado por lembranças e antigos dias de sol
Se és cabíveis de dois amores em um só peito; dizei-me!E peço-lhe um favor: "Não me deixe esquecido num canto qualquer
(13/9/2008)

Vida Crua

Meu medo
É cego, vive e corrói
O apego
Que por ela se constrói
Nao vejo
Um ponto certo pra seguir
Me perco
Não tenho como mais mentir

Se cuida, pois tenho que cuidar de mim
Vida crua, quem sabe te vejo por aí
Na rua, ou em qualquer canto que eu possa sentir
Seu ar... Seu olhar...

Quem chega
É brinquedo e mera diversão
Disfarço
Até porque sozinho não dá não
Se preciso
Encaro ou fujo sem tremer
Ironizo
E grito pra sobreviver

(30/6/2008)

Já diziam

Já dizia Caetano: Tempo, o compositor de destinos...
Amigo, porém traiçoeiro
Imperceptível, contudo atuante
Hora piedoso, outrora carrasco
Rei soberano de épocas e épocas
Seria possível parar, retroceder, adiantar?
Não! Nos resta acompanhar
Tempo: Minha droga viciante
(16/6/2008)

Xingar não fere

Xingo! Xingo porque sinto
A vontade irreparável de atingir-te
Depressão? Pois não?
Te respondo em breve notícia
De um poeta extremamente arrependido
Odeio-te!
Suma e não volte a me apaixonar...
(12/5/2003)

Ao tempo

Sinto-me um escravo do tempo
Minutos e segundos voam leve como o vento
Hora forte, outrora brisa
Porém sempre presente
Nunca ausente
Mesmo que se tente
Sinto-me preso inerte à uma corrente
E como parti-la?
Seria mesmo possível?
Arrancar de mim um forte amor que teima em passar?
Confiava no tempo
Depositava esperanças neste compositor
Até ele falhou
Nada conseguiu e por agora não me arrancou
Enquanto isso sigo
Minto a mim que sou digno
Enquanto espero a boa vontade deste antigo senhor