A gosto ou contra gosto o rei Roberto Carlos recebeu seu trono na história
da música brasileira. Nossa rainha deveria ser coroada imediatamente. Sem pausa
para pensamentos, contestações ou votação. Ela atende pelo nome Rita Lee Jones
Carvalho, ou apenas Rita Lee. Se dados são necessários para a escolha aí vão
alguns da Ovelha Negra: Vendeu mais de 65 milhões de cópias, a cantora que mais vendeu na história da música no país,
foi premiada com mais de trinta discos de platina, dez discos de ouro, cinco de
diamante, quase cinquenta anos de carreita e por aí vai.
A artista paulista faz peso numa história totalmente contextualizada por uma
carreira imponente e marcante. O início conturbado numa fase Mutante até a
consagração nacional com gosto de Tutti Frutti. Os anos oitenta e noventa
consagraram a roqueira que só nestas duas décadas gravou onze discos ao lado do eterno parceiro Roberto de Carvalho.
Neste domingo, Rita esteve em Brasília. Que ironia. Tocou no "Green
Move" Festival. Uma iniciativa em prol da sustentabilidade e preservação -
regado a muita cerveja e lixo, claro. Pelo seu twitter iniciou os trabalhos
logo cedo: "Dilminha minha filha, vista sua roqueira e vá se encontrar
comigo no quintal da sua casa, hoje às 18 horas. Ordens superiores",
disse.
As sucessões de clássicos musicais foram interrompidas por um ato nobre
vindo diretamente de nossa corte real. O Eixo Monumental tomado por pessoas. Ao
redor todos os Ministérios que observavam do alto de seus concretos
inabaláveis. Eis que surge uma bunda. Apenas uma bunda branca. Um gesto de uma
roqueira, mãe, artista. Essa que muito já passou e hoje brinca com o que
levamos ou achamos tão sério. "Sr. Diretor, não sou apenas mais uma
bundinha linda, eu também sei representar", concluiu Lee.
Mais uma vez a rainha surpreendeu. Dessa vez não foi xingando policiais. Foi um ato silencioso, de uma vovó moleca e só. Muitos devem ter achado nojento, desrespeitoso e ultrajante. Outros, apenas um ato de rebeldia e ironia. Fato é que Rita Lee pode e deve fazer quantas vezes achar necessário. Essa liberdade talvez seja a melhor forma de valorizarmos nossos verdadeiros ícones. Ou alguém prefere ver um bundão "Lee-Lee" do Luan Santana, no show da virada, em plena Praça dos Três Poderes?
Mais uma vez a rainha surpreendeu. Dessa vez não foi xingando policiais. Foi um ato silencioso, de uma vovó moleca e só. Muitos devem ter achado nojento, desrespeitoso e ultrajante. Outros, apenas um ato de rebeldia e ironia. Fato é que Rita Lee pode e deve fazer quantas vezes achar necessário. Essa liberdade talvez seja a melhor forma de valorizarmos nossos verdadeiros ícones. Ou alguém prefere ver um bundão "Lee-Lee" do Luan Santana, no show da virada, em plena Praça dos Três Poderes?
Pois então. Nádegas a "Lee" declarar...
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