sexta-feira, 21 de junho de 2013
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Aquele nó na garganta
Me arrepiei como nunca achei que aconteceria. Jovens, estudantes, engravatados, mulheres, homens e crianças. Todos reunidos por um único propósito: Tentar mudar a situação de um país. Não gostaria de entrar na entrave político-social, partidária do Brasil ou me posicionar como esquerdista ou de direita. Não cabe a mim. Há algo maior no ar. Despertei para uma luz de esperança que já havia adormecido. Pensei que não viveria o bastante para ver algumas coisas acontecerem.
O Congresso foi ocupado de forma pacifica e realmente o que se via ali era um público bastante consciente de suas ações. Gritos de protestos, cartazes, máscaras e caras pintadas. Vozes ecoavam a vontade de se fazer presente; unidos independente a quaisquer mudanças imediatas. Não foi preciso um mega show gratuito superfaturado. A aglomeração foi espontânea.
Por diversas vezes me peguei olhando a obra artística que representa o poder político do país com um nó na garganta. O arrepio nos braços aumentavam a cada aplauso pós coro dos mais de cinco mil presentes. No dia seguinte estava em São Paulo. Ao me deparar com a saída do aeroporto dei de cara com uma banca que distribuía o jornal Folha de SP. A capa do diário estampava uma foto de Brasília, o Congresso e a manifestação. O título não poderia ser outro: "O povo acordou".
Por diversas vezes me peguei olhando a obra artística que representa o poder político do país com um nó na garganta. O arrepio nos braços aumentavam a cada aplauso pós coro dos mais de cinco mil presentes. No dia seguinte estava em São Paulo. Ao me deparar com a saída do aeroporto dei de cara com uma banca que distribuía o jornal Folha de SP. A capa do diário estampava uma foto de Brasília, o Congresso e a manifestação. O título não poderia ser outro: "O povo acordou".
Hoje é mais um dia de protestos. Estarei presente. Sem duvida alguma. Torço para que essa magia que aconteceu se repita. Sem violência ou depredação. Apenas a força de um povo que vive na capital e mostra sua cara. Um povo acostumado a ver sua cidade crucificada por ser sede do poder. Um povo julgado por um país. Um povo criticado e apontado como aculturados. Um povo miscigenado e acolhedor, sem escolha própria, de todos os empregados da política do Brasil. Um povo que, sinceramente, deve se orgulhar de ser brasiliense. Somos sim. Nascidos na Capital Federal e daremos o verdadeiro exemplo nesse momento. E que assim seja. Nossa evolução será televisionada da maneira mais positiva possível. Tenho certeza.
Até mais tarde!
Até mais tarde!
domingo, 2 de junho de 2013
O Brasil deixou de torcer para o Brasil
Sou viciado em
futebol. Assumo. Doença que me acompanha desde que me conheço
por gente. Tive o sonho de todo moleque e também já quis ser jogador.
Obviamente tal desejo virou apenas hobby, contudo, ainda acho que vestiria
facilmente a dez da seleção. O vício perdurou. Resolvi escolher o curso de
jornalismo para trabalhar com o quê? Futebol. Dito e feito. Durante quatro anos
e meio lidei diariamente com esse esporte. De segunda a segunda em treinos,
jogos, entrevistas, idas e vindas aos centros e estádios.
Por uma questão familiar fui botafoguense. Torcia com fervor para o
alvinegro. Vi alguns títulos cariocas e uma conquista de um Brasileiro. A vida
me mostrou, com o passar do tempo, que amor nasce e não se impõe. Como num dito
popular virei a casaca. Há anos me vi torcedor de um time da minha cidade. Uma
equipe que eu pude acompanhar, ir aos jogos e ser legítimo. Só
não contava, passados quase quinze anos, que hoje esse mesmo time estaria quase
inexistente.
Sobrou a paixão pelo esporte. Assisto todo tipo de jogo e nunca torço para
nenhum time. Para um viciado sinto falta da paixão, do grito e sofrimento. Essa
que ainda é despertada pela seleção. Mesmo em um momento em que
vivemos um dos maiores assaltos que um país já viu, não consigo não torcer para
o Brasil. Vibrar com a amarelinha. Foi o que me restou - e nesse momento deixo
totalmente de fora questões de impactos sociais, segurança, saúde e
condições políticas que vivemos. Falo apenas como um amante do esporte.
Faço parte de uma geração acostumada a ver uma seleção vitoriosa. Na minha
primeira Copa do Mundo fui brindado de cara com um título. Logo após assisti a um
vice e outro caneco mundial. Criamos ídolos que hoje servem de referência ao
que mais se aproxima do genial. Entretanto, vejo uma nova e antiga geração de
torcedores que fazem questão de torcer contra. O por quê? Citaria alguns
vários motivos. Quase todos inaceitáveis para mim - levo em consideração pessoas que realmente gostam de futebol. Essa seria uma análise um pouco mais extensa.
Mesmo assim me pergunto: Em que momento o Brasil deixou de torcer para o Brasil?
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