terça-feira, 28 de outubro de 2008

Vida Crua

Meu medo
É cego, vive e corrói
O apego
Que por ela se constrói
Nao vejo
Um ponto certo pra seguir
Me perco
Não tenho como mais mentir

Se cuida, pois tenho que cuidar de mim
Vida crua, quem sabe te vejo por aí
Na rua, ou em qualquer canto que eu possa sentir
Seu ar... Seu olhar...

Quem chega
É brinquedo e mera diversão
Disfarço
Até porque sozinho não dá não
Se preciso
Encaro ou fujo sem tremer
Ironizo
E grito pra sobreviver

(30/6/2008)

Um comentário:

Sonos disse...

Essa foi a mais forte, a mais visceral, mais Renato Azambuja do que as outras poesias.

Vale uma revisada nessa parte:
Não tenho como mais mentir – ficou esquisita – não tenho mais como mentir

No mais, muito bom! A melhor, sem dúvidas! Pela originalidade, pela força e pelo deboche do final!

Tente se desprender mais das rimas óbvias, dos lugares comuns e procure nos impressionar.

Tem que ter força, sentimento.
Apesar das rimas óbvias você cumpriu bem seu papel ao transmitir a mensagem com sentimento e força.


Fica ai a dica!