segunda-feira, 1 de julho de 2013

A camisa pesa

  Em 1991, Caetano Veloso lançava o disco Circuladô. Mais de vinte anos se passaram e só então parei para pensar que nunca havia sentido uma rusga futebolística contra a seleção Espanhola. Não me deram motivos. Há quatro anos atrás a mesma nem campeã do mundo era. Entretanto, alguma coisa estava fora da ordem. Ou dentro de uma nova ordem mundial. O país da bola redonda era a Espanha? O futebol arte tornou-se espanhol? A seleção a ser batida por todos era espanhola?  
  Faltava ainda uma coroação. Eles precisavam ganhar do Brasil. A coroa seria temporariamente entregue. Uma vitória espanhola em pleno território brasileiro, diante de sua torcida e numa final de Copa das Confederações comprovaria a tal ascensão da nova ordem. 
  Entretanto, certas vezes o sucessor não está preparado para receber grandes responsabilidades. O que vimos foi uma escovada bem dada pela seleção Brasileira e o ensinamento que a camisa amarela pesa e assusta muito. Um Maracanã lotado, um fora de série desequilibrando, um centroavante de ofício com  média de um gol por partida, um volante marcador e o bom e velho estilo brigador da Família Scolari bastou. Foi suficiente para um 3 x 0 incontestável. 
  Espero não ter que esperar mais vinte anos para pensar na possibilidade de uma rixa com os espanhóis. Essa briga é saudável, alimenta o espírito do esporte e da competitividade. Enquanto esse dia não chega nos resta passar o recado adiante: "O título de país do futebol permanece por aqui até segunda ordem. Nos encontramos ano que vem".             

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