terça-feira, 9 de outubro de 2012

Um ideal de rock setecentista

  Não tinha intenção nenhuma de escrever hoje. O dia mal começou e a vontade de ganhar o mundo já me rondava por horas. Freio. O momento é mais vagaroso e sábio do que acelerado e estúpido. O legal é exatamente isso. Quando somos pegos de surpresa e essa vontade de se expressar vem do nada. Li uma passagem de um livro que me trouxe interpretações ambíguas. Estilo de vida, personalidade, caráter, impulso, instinto, ordem, escolhas, máscaras, erros, possibilidades e etc... 
  Dependendo de como levamos os passos de nossas vidas transformamos a mesma numa novela e fazemos de nós personagens surreais. Não confundo mais atitude com devaneio, medo com verdade, decisão com imposição e leveza com fuga. Não troco mais o meu "eu" por roteiros fantasiosos de Janete Clair. Por isso, ao ler o parágrafo do texto parei e li novamente com mais calma. Vi a duplicidade estampada em algo que pode parecer, em primeiro plano, um ideal de rock setecentista. Não se engane! É impossível fugir de você mesmo. Pode haver esforço, tentativas e até mesmo esperneios, mas não confunda aventura temporal com essência verdadeira. Essa sempre retorna e vem à tona. É a lei natural da nossa própria natureza. 

  Passagem do texto: "Pessoas com vida interessantes não tem fricotes. Elas trocam de cidades. Investem em projetos sem garantia. Investem em pessoas que são o oposto delas. Pedem demissão sem ter outro emprego à vista. Aceitam um convite para fazer o que nunca fizeram. Estão dispostas a mudar de cor preferida, de prato predileto. Começam do zero inúmeras vezes. Não se assustam com a passagem do tempo. Sobem no palco, tosam o cabelo, fazem loucuras por amor, compram passagens só de ida. Para os rotuladores de plantão, um bando de inconseqüentes. Ou artistas, o que dá no mesmo ..."

2 comentários:

Viva Pró Saúde disse...

Oi Renato , adorei seu texto , parece q vc tá conversando com a gente , muito legal e proveitoso !
Haveria a possibilidade de passar o nome deste tal livro q vc descreveu ?
Um forte abraço ,
Rozane

Azambuja disse...

Olá Rozane!
A passagem do texto é da escritora Martha Medeiros. Não sei o nome do livro, pois realmente só li esse parágrafo. Vou fazer uma pesquisa e ver se encontro.
Espero ter ajudado!
Apareça sempre.
Abs!