Chegam devagarinho pra não tomar tanto espaço. De forma aguda, porém singela, pra não incomodar tanto. Se apresenta em nossas vidas nos momentos menos apropriados e mesmo assim exigem passagem. Por mais maduro e preparado serei uma presa fácil diante de seus encantos e sedução.
Com o passar do tempo sua presença só aumenta. Ela já domina meus sentindos mais humanos e meu caminho torna-se um labirinto sem volta. No ápice do seu ato inicia-se o processo de abandono. A solidão nos conforta num escurinho agradável e que seja o mais silencioso quanto possível. Remédios? Sim, são sempre bem vindos. No estado mais catatônico vejo uma luz sem dor. Num raro momento de consciência ergo a cabeça e redescubro a vida. Curado, mas ainda com sintomas de um trauma e à espera do próximo tombo. Definitivamente, elas são todas iguais.
Malditas enxaquecas!
Um comentário:
Quem tanto busca, não tem tempo para valorizar o que já se tem. Quem tanto questiona, não tem tempo de apreciar o silêncio. Quem tanto sofre, não tem tempo de amar. O homem busca e quando encontra, não reconhece. Se satisfazer com pequenas coisas, com o nascer do sol, com a lua cheia, com uma criança brincando, com um bom banho, com o carinho de uma mãe... eis a questão meu caro.
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