Parece que a brincadeira só começou. Há dois dias
fizemos o segundo show da turnê "Corre Pro Mar", do Surf Sessions, em Santo Antônio do
Descoberto (GO). Uma estrutura grande e toda nossa. Som, palco, iluminação e
decoração. Fomos bem preparados e com nossa equipe mais que afiada.
O cansaço bateu, mas a recompensa veio em
forma de música e reconhecimento dos fãs no local. Essa é, sem dúvida alguma, o
nosso maior estímulo. Poder levar o som e ser retribuído com muita energia. Viveria
assim o resto da minha vida.
No dia seguinte, já de volta à Brasília, mais
labuta. Show do S.S. em um evento digno de cartão postal. Lugar
incrível, estrutura "gringa", bom gosto na decoração, uma bela
feijoada e pessoas bonitas. Nós, como anfitriões, receberíamos uma banda do Rio de Janeiro. Grupo cover
de Jorge Ben, Seu Jorge, Tim Maia, Raça Negra, Salgadinho, Alexandre Pires
entre outros gênios da Música Popular Brasileira - sim, estou sendo irônico pra
cacete. Ótimos músicos, som redondo, repertório feijão com arroz, batata frita
e carne moída. Enfim, todos os motivos para a alegria dominar o ambiente.
O problema é que o mundo da música às
vezes nos prega algumas peças. A soberba, o ego, a falta de humildade e o
desrespeito andam lado a lado numa contradição inexplicável. É claro que temos
que pensar no profissionalismo, porém quando ele existe conseguimos sentir o
cheiro há quilômetros de distância. No caso, não fedia nem de perto.
Não foi a primeira e nem será a última vez
que vou me encontrar em uma situação dessas. A comparação do ser humano se
torna inevitável. Nessa hora, olho pra cima e agradeço muito a educação que
recebi dos meus pais e que vou levar comigo pra onde for. Sei de onde vim e sei
pra onde vou. Reverencio meus companheiros de banda pela mesma sintonia e
berço. O resto? A gente dá risada e só torce pelo crescimento e enriquecimento
da alma alheia.
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